Segundo uma pesquisa realizada pela Caliper, consultoria em gestão estratégica de pessoas, 65% das executivas são casadas e 28% moram sozinhas ou com os pais. Diante dessa constatação, fica mais evidente a importância de equilibrar os vários papéis da mulher moderna. A liderança feminina se apresenta cada dia mais forte no mercado e isso não precisa entrar em conflito com suas obrigações de mãe, esposa e dona de casa.
Além de todos esses papéis, é perceptível o quanto a mulher investe mais do que os homens em estudos. Basta contarmos quantas mulheres e quantos homens têm em salas de aula. 99% das vezes, as mulheres estão no topo do ranking, se capacitando para ter mais competência na atuação como profissional.
Elas fazem parte dessa estatística e têm ganhos notáveis em suas vidas. Afinal, o perfil feminino somado aos estudos potencializa muito os resultados.
A pesquisa Caliper também trouxe um dado interessante: as líderes femininas são mais persuasivas, assertivas e dispostas a se expor a riscos do que os líderes masculinos. Elas também demonstram ter mais empatia, flexibilidade e habilidades de relacionamento mais fortes. A combinação dessas qualidades acaba criando um estilo de liderança que é inclusivo, aberto, participativo, colaborativo e educativo.
A grande pergunta é: como a mulher líder, sendo dona de casa, mãe, executiva, estudante, esposa, consegue conciliar tudo isso e ainda estar sempre bem arrumada e se dedicar a uma atividade física ou atividades de lazer enquanto outras mulheres passam as vidas sem grandes realizações e com a sensação de que o tempo está passando cada vez mais rápido?
Simples. “Quanto mais ocupados estamos, mais conseguimos fazer.” É uma realidade prática na nossa vida.
A explicação que dou a isso é que a mulher que desenvolveu a competência de liderança aprende, antes de tudo, a ser líder de sua própria vida. Por outro lado, a mulher que não despertou seu líder interior está perdida e refém das circunstâncias e tempo.
Líder é aquela que sabe delegar, planejar e dizer não nas horas certas.
Ela sabe aonde quer chegar e com foco segue em frente. Uma líder não tem esse papel só no trabalho, mas em casa também. Afinal, ela não está líder. Ela é líder. Portanto, é uma mulher que coloca quadro na parede com metas semanais e cria um placar de resultados para a família.
Ela transforma em brincadeira algo de fundamental importância no desenvolvimento pessoal e profissional dos filhos e do parceiro. Cumprir metas vira uma gincana, assim para todos se engajam e se divertem nas atividades. Cria-se, assim, um ambiente descontraído e competitivo com foco em resultado no lar.
É uma mãe que encoraja seus filhos a acreditarem em seus sonhos e os empodera para que caminhem com suas próprias pernas, sem dependência extrema. Sabe e reconhece quando acertam ou se destacam e sabe, também, a hora de feedbacks mais sérios. Sabe brincar e rolar no chão com as crianças, cachorro e família, mas sabe a hora de ser rígida e sistemática. Sabe ouvir de forma genuína e olhar nos olhos quando fala. Com sensibilidade, é capaz de exercitar a empatia e não julgar.
Ser mãe líder é diferente de ser mãe chefe. A líder inspira, dá exemplo e comunica de forma que a pessoa queira participar da ação imediatamente. Realmente, não é algo que nascemos sabendo. Como tudo na vida, são necessários estudos, leituras e muita dedicação para ser essa mulher. Mas quando nos tornamos essa líder, os seus resultados se tornam extraordinários e o tempo rende.
*Tathiane Deândhela é um exemplo de liderança feminina. Mestre em liderança pela Universidade de Atlanta, Especialista em Gestão do Tempo, Master Coach Trainer, Consultora de carreira e Executiva Multidisciplinar. Autora do livro “Faça o tempo trabalhar para você”. Possui curso de Negociação pela Universidade de Harvard. CEO do Instituto Deândhela. Também é diretora de educação da AJE Goiás (Associação de Jovens Empresários).