Como conversar com uma pessoa quando se é realmente tímido (a)? Afinal, a timidez é parte da personalidade de milhões de pessoas dentro e fora do Brasil.
Basicamente, sentir aquele nervosismo exagerado, vermelhidão no rosto, o receio de se expressar em público e congelar quando se chama a atenção dos outros são fatores comuns a uma pessoa muito tímida.
De acordo com reportagem do jornal O Estado de Minas Gerais, os especialistas alegam que essa característica é algo habitual para o ser humano, que precisa ser monitorada quando essa vergonha impacta gravemente no dia a dia da pessoa. Ou seja, quando essa timidez acaba por afetar o desempenho acadêmico ou profissional.
Por isso, todo mundo que se considera mais na sua precisa estar atento para a sua autoestima. Já que é um dos pontos que necessita ser trabalhado visando entender como conversar com uma pessoal normalmente.
De modo geral, essas dificuldades quando não sanadas com o passar do tempo, podem se transformar em um obstáculo para a entrada ou manutenção no mercado de trabalho.
Já que diversos profissionais mais envergonhados ficam bem inseguros em entrevistas ou processos seletivos.
A partir daí, essas pessoas não são capazes de exaltar e até comprovar as suas competências para o profissional responsável pela avaliação. E, por consequência, o tímido acaba por deixar boas oportunidades escaparem.
Ainda segundo o Estado de Minas, o ideal é compreender a razão de tanta vergonha, especialmente quando essa situação vira um empecilho para a rotina. Isso porque pode existir um peso emocional causado por algum tipo de trauma.
Caso a origem da timidez não seja devidamente investigada, não há muito o que se fazer para minimizar o problema.
Como conversar com uma pessoa?
Para muitas pessoas não é somente se manifestar publicamente que provoca calafrios. A necessidade de achar assuntos para conversar com uma pessoa, ainda que de forma privada, gera muito, muito medo. Para se livrar disso, treinar é fundamental. Mas, como fazer isso?
Interesse pela opinião dos outros
Como ser uma pessoa agradável de conversar? Simplesmente, você deve aceitar, se interessar e saber ouvir a opinião dos outros.
Se está perto de alguém que não conhece tão bem, puxe tópicos leves como músicas, filmes e séries. É a melhor maneira de se desenvolver antes de encarar temas mais complexos.
Solicite recomendações
Como chamar uma pessoa para conversar pode passar por uma opinião sobre algo do cotidiano, como a roupa, calçados ou algum acessório que pretende utilizar. Uma sugestão ou indicação também cai bem.
Perguntas simples, respostas simples
Como conversar com uma pessoa também demanda um pauta agradável, especialmente, quem está tentando se aprimorar nesses primeiros contatos.
Por isso, a possibilidade de fazer questionamentos simples para obter respostas rápidas e fáceis também sempre é útil, sobretudo quando necessita averiguar se o indivíduo entende de algum assunto.
Peça por atualizações
Se você conhece alguém unicamente pela reputação, projetos ou impressões alheias, se aproxima e solicite educadamente uma atualização sobre alguma coisa que sabe ela está envolvida.
3 técnicas para manter uma conversa
Tanto no mercado de trabalho quanto em um cenário acadêmico ou social, a pessoa extremamente tímida precisa dar o primeiro passo. Ou seja, ter a disposição de trabalhar para mudar essa tendência pessoal.
Isso porque aprimorar o autoconhecimento e ter noção de como essa dificuldade impacta na sua saúde física e mental é de vital importância para romper essa barreira imposta pela timidez.
Confira a seguir algumas técnicas para iniciar esse processo.
Técnica 1: A pedra que afunda
Rob Riker, do site The Social Winner, é especialista em conversa. Uma das suas estratégias favoritas é chamada “pedra que afunda”, uma metáfora para tentar quebrar o gelo e estreitar a relação com uso da emoção em três passos.
Um fato sobre o indivíduo: o que gosta, faz ou já fez, alguma coisa que já disse. Conserve um gancho, mas nada muito pessoal.
Emoção vinculada ao fato: questione sobre se gosta daquele tempo ou quais as dificuldades daquela questão.
A origem daquela emoção: demonstre interesse em como aquele tópico se transformou em algo relevante na vida daquele alguém.
Caso esteja prestando atenção as respostas, você vai descobrir muitas informações uteis sobre a pessoa de maneira rápida e simples. Gradativamente, alguns temas novos tendem a aparecer normalmente e a conversa passa a fluir sem esforço.
Técnica 2: Escuta ativa
Com todo mundo desejando dar a sua opinião sobre tudo o tempo todo, alguém disposto a genuinamente ouvir pode ser um diferencial.
Sendo assim, a escuta ativa se refere a quando se você realmente interessado no que está escutando, não apenas procurando uma brecha para dar o seu ponto de vida.
Essa estratégia é muito válida para fazer com que o diálogo se alongue, porque alguns assuntos podem pintar a partir dali.
Quando uma pessoa se empolga a discorrer sobre uma pauta, você pode se dispor a escutar e compreender melhor qual é o vínculo existente ali. A parte positiva é que não necessidade de fingir que está atento, quando se está devidamente ouvindo. Isso é lógico, não é?
Técnica 3: Nada de fingimento
A melhor maneira de como conversar com uma pessoa nunca deve passar pelo fingimento. Afinal, falar com alguém precisa ser leve e não algo exaustivo.
Por isso, não simule estar interessado em algo que – seja quando está escutando alguém ou falando sobre as suas preferências. E tampouco simule que tem curiosidade a respeito.
Se o questionamento soa falso na sua concepção, a probabilidade de gerar a mesma impressão para a outra pessoa é bem grande.
Portanto, coloque a sua emoção e vontade em ação de maneira apropriada. Quando se está animado com algo, é muito mais provável também envolver quem está a sua volta.
Ainda que essa conversa não gere um amigo ou parceiro para a vida toda, a interação será agradável para ambas as partes.
Assuntos delicados x posicionamentos: como lidar?
O momento atual já pede muita cautela ao abordar temas espinhosos e se manifestar sobre eles devido a polarização a nível global.
E, quando se trata de uma pessoa essencialmente tímida e com dificuldade para explicar e/ou justificar as suas ideias, esses debates se tornam ainda mais delicados.
Não há necessidade de deixar esses tópicos de lado inteiramente, mas abordá-los nas situações adequados e que lhe permitam desenvolver o seu ponto de vida, bem como dar oportunidade para que os outros possam se manifestar.
O diálogo é vital e pessoas com posicionamentos contrários podem conviver e colaborar de forma bem sucedida, desde que o respeito e o bom senso prevaleçam sempre.