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O que O Pequeno Príncipe tem a nos ensinar sobre hierarquias empresariais

Quando  Antoine de Saint-Exupéry escreveu O Pequeno Príncipe, ele talvez ele não se desse conta na época do quanto os seus personagens são transcendentes e como eles afetam o nosso mundo até hoje.

Eu estava  lendo o livro ontem e eis que hoje me surpreendi com uma revelação. Aqueles personagens estão presentes em todas as empresas. E são os principais responsáveis pela morte de milhares de companhias diariamente em todo o mundo!

O Pequeno Príncipe é recheado de caricaturas

Mantenha seus olhos bem abertos e perceba como cada uma delas pode matar o seu empreendimento, caso você não seja cauteloso!

O Rei

Em O Pequeno Príncipe, o Rei pensa que tudo e todos são seus súditos.

Ele pensa que todos são seus súditos e tem necessidade de controlá-los. Ele, porém, sabe que ninguém faz o que ele manda, portanto finge dar ordens. Disfarça sua incapacidade de liderança dizendo que “cada um só pode dar aquilo que tem”.  Esse tipo de gente geralmente quer ocupar cargos de comando, mas sempre culpam os subalternos pelos próprios erros.

O Bêbado

Envergonhado pelos maus hábitos, o Bêbado é um alerta sobre os vícios.

Representa todos os vícios que as pessoas costumam ter. Seja na bebida, no jogo, no cigarro e agora nas redes sociais… As pessoas só se dão conta de seus vícios quando já é tarde demais. Tudo começa com um pequeno pensamento, que logo cresce e domina a vida de forma que nada mais parece importante. Muitas vezes, o vício se manifesta até mesmo pelo imaterial: poder, ordem, obediência. E o “bêbado” nos negócios é o que dá mais prejuízo no curto prazo.

 

O Homem de Negócios

Tão ocupado com suas tarefas sérias que sequer se lembra de viver a própria vida.

Esse me fez rir quando li a tolice a que o personagem se dedicava. Contava estrelas, dizendo possuí-las. Considerava-se rico por achar que as tinha. E seu único objetivo era ter, possuir e adquirir. Nem sequer sabia a razão de querer tê-las. Não parava para admirar o brilho delas ou para pensar na imensidão do Universo que o cercava, tão focado que estava em sua contagem. Ele também pode ser considerado o ambicioso. Um ser que não pensa no motivo de suas ações, mas se leva pela pura ganância. É o ser mais propício a cair na tentação da corrupção. Destrói do patrimônio da empresa no vício de querer cada vez mais! Cuidado! Nem tudo são números!

O Acendedor de Lampiões

Faz apenas aquilo que lhe é dito, sem sequer questionar os motivos.

Ele acende e apaga o lampião a cada um minuto, apenas porque assim foi lhe dito para ser feito. Em resumo, “um pau mandado”. Infelizmente esse personagem é o mais frequente dentro do mundo empresarial. Aquele que não tem pensamento próprio e depende plenamente dos demais. Não toma uma decisão sequer sozinho. Vive de cumprir ordens. Uma empresa que ignora a presença dos Acendedores de Lampiões entre seus colaboradores está fadada ao fracasso pela falta de motivação e de inovação.

O Geógrafo

É aquele que nunca sai para viver as próprias aventuras, e vive de contar sobre aquilo que os outros conhecem. Um perfeito teórico.

Um estudioso que sabe toda a teoria, mas nunca moveu um dedo sequer para colocá-la em prática. Chega de teorias sem ações! Eles costumam assumir cargos altos por terem um vasto vocabulário recheado de palavras difíceis, mas condenam uma empresa por jamais estarem dispostos a se aventurar. Ironicamente, são os que mais elogiam aqueles que têm espírito aventureiro e vontade de mudar. É o burocrata de carteirinha.

Por fim, mas não menos importante

O Vaidoso

Quer ser sempre o centro das atenções, e por isso mesmo nunca presta atenção ao mundo ao seu redor.

Se acha o centro do Universo. Pensa que é tão imprescindível na equipe que acha que todos o olham para admirar, sem saber que é quase sempre o mais criticado. Ele não ouve feedbacks, não realiza mudanças e não admite os próprios erros. Considera tudo elogio. Em geral, só sabem falar de si mesmos e das próprias conquistas. Uns chatos de galochas. Destroem a imagem da empresa em um piscar de olhos: por pensarem que estão sempre certos, cometem erros inadmissíveis em frente aos clientes (que contam a história do absurdo que ele fez para os quatro cantos do mundo).

Um convite à reflexão

Nem tudo o que vemos no livro é uma crítica. É preciso lembrar que esses são apenas alguns dos muitos personagens que O Pequeno Príncipe nos mostra – e nem todos eles são ruins. A raposa, por exemplo, é muito sábia. O ensinamento que ela nos fornece é maravilhoso:

Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”

E isso não é válido somente para pessoas e relacionamentos. Gosto de reformular essa frase para que ela seja ainda mais impactante, pelo menos para mim.

Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cultivas

Isto é: você colhe aquilo que planta. Então se você cultiva a empatia, os outros serão empáticos contigo. Se o cultivo do respeito é uma constante em sua vida, os outros hão de te respeitar. Se você se esforça e luta por algo, os resultados se farão presentes em algum momento. E tudo é um ciclo e fluxo admirável de ser observado.

Pensando em todas essas reflexões, convido-o agora a ler O Pequeno Príncipe. Mantenha a mente e o coração bem abertos para enxergar além da razão. Resgate sua criança interior. Pense com a simplicidade de um jovem, mas enxergue a mensagem com o pensamento crítico do adulto.

Sua empresa tem quais desses profissionais? E você? Se enquadra em qual? Caso queira aprender como se tornar um profissional ainda melhor e inspirar não somente seus colegas de trabalho, mas também aos seus clientes e todos que o cercam, este ebook pode ser uma excelente opção! Eu o preparei com muito carinho e espero que goste!

 

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