Barack Obama provou-se uma figura simpática em seus discursos enquanto presidente dos Estados Unidos da América. Ele provou de forma irrefutável a importância de uma comunicação bem executada. Sem perder a compostura, soube expressar com leveza os duros comunicados que precisou fazer ao longo de seu duplo mandato, que encerra em janeiro de 2017.
Valorizou o silêncio e proferiu com convicção e clareza seus discursos, tornando-se um dos nomes mais relevantes do mundo. Não só pelo país que governa, mas por sua oratória direta e assertiva, fazendo dele um ícone mundial por meio de suas falas e discursos impactantes.
Foi marcante quando, ao chegar à presidência, Obama proferiu a frase que ainda serve de inspiração para tantas pessoas: “Yes, We Can” (“sim, nós podemos”)
Negro, o líder propôs lutar pelas minorias e por direitos igualitários, sem ser agressivo ao se fazer ser compreendido. Pelo contrário. Se tem um aspecto que Obama não deixou a desejar foi na forma com que empregou seus discursos.
O tom de voz, sempre alinhado à mensagem. A mensagem, alinhada ao público. E, acima de tudo, soube usar a simplicidade e a empatia a seu favor, quando se dispôs a “conversar” com os cidadãos americanos enquanto proferia comunicados, ideias e decisões importantes para a nação.
Como ele, muitos outros nomes, desde o início da humanidade, souberam se fazer ouvidos e compreendidos ao adotarem técnicas de oratória impactantes. Em meus cursos, costumo usá-los como exemplo para mostrar que atitudes corretas com as mãos, a postura e a entonação da voz fazem toda a diferença se alinhados à mensagem a ser transmitida.
Por que Barack Obama?
Eu o escolhi como exemplo por ser um grande líder da atualidade que tem muito a nos ensinar.
Se analisarmos os discursos de Obama ao longo de sua trajetória enquanto presidente, podemos perceber a forma com que ele construiu cada uma de suas mensagens. Utilizando-se do storytelling, construiu o discurso em três partes: a primeira por meio da empatia e sensibilização da plateia. A segunda com foco nos desafios presentes e propondo reflexão sobre eles. E a terceira, remetendo-se ao futuro com frases de impacto e apelo ao público.
Em sua visita ao Brasil, em 2011, por exemplo. Mesmo sendo ele o “convidado”, fez questão de deixar o público à vontade durante o seu discurso no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Ele demonstrou empatia, fez algumas brincadeiras, arriscou meia dúzia de palavras em português e provocou nos ouvintes uma reação positiva. E, em menos de um minuto, já havia conquistado a todos, sem “forçar a barra”.
Em seguida, relembrou a responsabilidade que o Brasil tinha ao ser escolhido para sediar a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016. Chamou a todos os brasileiros a refletir sobre os rumos que o país tomava.
E, para fechar com chave de ouro, apropriou-se de uma frase que praticamente morava na boca dos políticos brasileiros. Chamou o Brasil de o “país do futuro”, sendo ovacionado pela plateia.
As técnicas de comunicação dos campeões
Além do storytelling, que proporciona ao orador um script para seus discursos, há outros detalhes que devemos observar. O cuidado com que Obama pronuncia suas palavras milimetricamente ensaiadas. Seus gestos estão sempre alinhados à sua mensagem. A postura e tom de voz dão credibilidade a seu discurso, respeitando as pausas, a reação da plateia e reforçando pontos importantes.
Ao observarmos as técnicas e estratégias de oradores de alta performance, podemos aprender muito. Além disso, é possível aperfeiçoar e desenvolver nossas próprias habilidades como apresentadores por meio delas. E, embora alguns encontrem maior facilidade em falar em público do que outros, vale lembrar que sempre podemos melhorar. Por isso existem várias técnicas para estimular uma oratória eficaz, que pode e deve ser aprendida e desenvolvida.
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