Esta semana foi mais um período que parei tudo para investir em mim e vivenciei momentos únicos! Sem dúvida foi uma oportunidade maravilhosa para a minha carreira: participei do evento da HSM Expo 2016 em São Paulo. Estou até um pouco zonza de tantas ideias e insights maravilhosos que tive por lá. Durante 3 dias eu pude conviver com as mentes mais brilhantes do mundo e não há palavras para descrever toda a emoção que é participar de um evento como esse.
Enquanto estava ali, uma jovem (não que eu seja velha haha) me abordou com uma pergunta que me deixou um tanto surpresa: ela me perguntou como eu havia descoberto o meu propósito de vida. A voz dela carregava um tom de insegurança e eu quase pude ler seus pensamentos naquele momento. Ela tinha dúvidas quanto à própria carreira e ao que fazer nesta próxima etapa de sua vida. Recordei-me de quando estava na faculdade, com meus 20 e poucos anos, com as mesmas incertezas sobre o meu futuro. Sorri para ela, inspirei fundo e decidi compartilhar um pouco da minha trajetória.
Pensando no quanto isso foi importante para ela, decidi então dividir contigo também, caro leitor, um pouco da minha jornada.
Uma infância de sonhos
Com meus 7 ou 8 anos de idade algumas das minhas amiguinhas sonhavam em ser modelos. Outras queriam ser artistas. E eu… Eu brincava de dar aula. Ser a professora da “escolinha” era algo que me deixava muito empolgada. Foi nessa época que eu comecei a treinar para o que já faço hoje: brincando de ensinar, eu aprendi a palestrar.
No início era até um sentimento tímido, modesto. Eu pensava em ser professora do primário, ou talvez até mesmo do Ensino Médio. Nem passava pela minha cabeça ser palestrante ou dar cursos de pós-graduação.
A empolgação da juventude
Na faculdade, as perspectivas mudaram muito. Ao iniciar a minha carreira eu já pensava em ser uma executiva de muito sucesso. Eu me imaginava vestida com terninhos lindos, salto alto, viajando e comandando uma empresa. Eu queria ser a presidente de uma grande companhia!
A vontade de dar aula já não era algo tão forte assim. Talvez em função da imagem grandiosa que eu projetava para o meu futuro. Aos 20 anos, conquistar o respeito e admiração são dois fatores quase essenciais na lista de atributos que queremos associados à nossa imagem. Isso é fácil de compreender, quando nos recordamos que quase ninguém dá ouvidos a quem ainda não passou dos 30.
O fato é que eu mudei bastante a minha forma de pensar entre uma fase e outra. Contudo, eu logo descobri que não era necessário excluir uma possibilidade para viver a outra. Quando eu comecei a trabalhar em uma grande franquia que vendia cursos de pós-graduação eu comecei a ter contato com essa realidade e vi que é possível mesclar essas duas grandes paixões que eu tenho: dar aula e ser uma executiva de sucesso.
A carreira que eu construí para mim
No início de tudo, eu não pensava ser possível chegar onde estou hoje. Em muitos momentos eu não acreditei que eu seria capaz. Afinal de contas, eu nunca tinha sido uma aluna brilhante. Eu nunca havia sido a melhor da classe, nem era considerada a mais inteligente da turma. Não estudei nas melhores escolas, nem vim de uma família rica. Mas isso não foi um impedimento para que eu alcançasse os sonhos que eu tinha. Costumo dizer que não sou a mais inteligente, porém sou a mais esforçada!
E sonhar é algo mágico… Quanto mais se realiza, mais se sonha.
O interessante foi observar o discurso ir mudando à medida que eu ia crescendo. Na infância, todo mundo acha bonitinho. Os desencorajamentos são quase doces.
Você quer ser astronauta? Que gracinha! Mas por que você não tenta ser advogado?
Na adolescência, a frase mais recorrente era menos sutil. As críticas já eram mais duras. Não havia delicadeza quando zombavam dos meus sonhos.
Presidente de uma companhia de aviação? Você? HA! Essa eu quero ver.
À medida que fui crescendo, mais e mais as críticas vinham. E quanto mais eu ignorava o que os outros diziam, mais foco eu tinha no meu propósito. As pessoas diziam que eu não iria conseguir. Falavam que o certo era eu estudar para um bom concurso público! Um dia olhei meu contracheque e sorri, percebendo finalmente o meu triunfo: 50 mil reais. Antes que você pense que eu sorri por poder mostrar aos outros o que eu tinha conquistado, vou explicar melhor o que senti.
“Feche os olhos, mas deixe a mente bem aberta” (Ponte para Terabítia)
Chegou um momento em que eu já dava aula em pós-graduação e já era diretora comercial e de marketing a âmbito nacional da empresa onde eu trabalhava. Eu era uma executiva de sucesso e professora.
Eu tinha conseguido. Com o meu trabalho, com o meu esforço. Eu conquistei o que, um dia, eu pensei ser impossível. Aquela era a carreira dos meus sonhos e eu estava vivendo aquilo.
O caminho não tinha sido nada fácil. Em muitos momentos eu senti como se estivesse caminhando descalça sobre brita quente. Na maior parte do tempo eu era desencorajada por parentes, pelos meus amigos. Eu ouvia o tempo todo as pessoas dizendo que eu “trabalhava demais”, que isso “não era saudável”.
Minha jornada não foi percorrida sozinha. Eu nunca estive só, e isso foi um fator determinante para que eu conseguisse chegar onde estou. Quando eu percebi isso, a velocidade com que as mudanças aconteceram mudou drasticamente. Porque eu percebi quem eram as pessoas de quem eu deveria me aproximar e quem eram aqueles de quem eu deveria me afastar.
Não é fácil desprender-se de relações e de sentimentos. Talvez essa seja a parte mais difícil de todas as etapas da sua vida. Afinal de contas, amizades que se formam são os espíritos que se enlaçam. Há muito o que ser aprendido com cada ser que conhecemos todos os dias. Infelizmente, uma das lições que devem ser aprendidas é a de que precisamos desapegar daquilo que nos impede de crescer.
Um conselho valioso: nunca pare de aprender.
De tudo o que eu vivi até hoje, essa é a melhor lição que eu experimentei. Não só para a carreira. O estudo é fundamental, em qualquer área que você estiver. Quanto mais descobrimos sobre o mundo, mais percebemos o quanto somos ignorantes. E isso deve ser um fator para te estimular em todos os momentos de sua vida. É isso que determina a sua evolução. É esse princípio de constante mudança que te permite ser criativo e inovar.
Não limite o seu conhecimento. Conheça sobre diversos assuntos e seja curioso o suficiente para perguntar. Experimente. Vá além do que os livros podem te oferecer. Conquiste o mundo por meio dos seus 5 sentidos. Ignore os medos e as inseguranças. E viva. Cada segundo é precioso demais para ser desperdiçado.
Foi assim que não só eu, mas todas as pessoas de sucesso que eu conheci construíram suas carreiras de formidáveis. Ninguém forma um legado sem sair do sofá, sem arregaçar as mangas e dar a cara a tapa. Os riscos serão uma constante na vida de todos, independente do que for feito. Então aposte alto naquilo que você ama e não se contente jamais com menos do que aquilo que você merece.
Leve sua vida de forma honesta e seja transparente com os seus clientes. Ouça o que eles têm a dizer. Crie vínculos. Aprenda tudo o que eles puderem te ensinar.
Não desista.
Esse é o grande segredo.
E se você quiser saber um pouco mais sobre o legado que estou construindo, acesse o site do Instituto Deândhela ou se inscreva no meu canal do YouTube, onde eu compartilho toda semana aprendizados que eu fui adquirindo ao longo de minha vida.
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