Assisti a um vídeo recentemente que achei bem interessante a respeito das atribuições necessárias para preencher o cargo de diretor de operações de uma empresa. Resolvi listar aqui alguns dos requisitos obrigatórios para ocupar a vaga:

  • Mobilidade. É necessário trabalhar de pé quase 100% do tempo. Requer muita energia para trabalhar.
  • Disponibilidade. É um trabalho constante, sem direito a intervalos. 24 horas por dia, 7 dias por semana. O horário de almoço disponível é exclusivamente após o término do almoço do associado. Às vezes é necessário passar toda a noite com o associado.
  • Poder de negociação e habilidades interpessoais. Trata-se de um cargo de alta responsabilidade, portanto a inteligência emocional também é fundamental.
  • Possuir conhecimentos em medicina, finanças e gastronomia.
  • Estar habilitado a trabalhar em um ambiente caótico. O trabalho deve ser executado, muitas vezes, em um ambiente com alto nível de ruído, desorganização espacial e com alto risco de acidentes.

Dentre muitas outras atribuições absurdas e exigências muito acima daquilo a que estamos acostumados. E o detalhe: o ocupante da vaga trabalha sem receber um centavo sequer. Você aceitaria trabalhar neste cargo?

Pois saiba que milhões de pessoas disseram sim para esse tipo de compromisso. E elas são chamadas mães.

Como deve ser a produtividade de uma mãe?

Ser mãe pode ser o sonho da grande maioria das mulheres. Contudo, muitas avaliam com cautela sobre o momento mais apropriado para assumir esse novo papel, visto que o “cargo” exige muitas algumas renúncias e pode ocasionar na queda da produtividade.

Renunciar algumas coisas quando se decide ser mãe é algo completamente natural. Na vida, de fato, temos que fazer escolhas.

“Há tempo para todas as coisas”. (Eclesiastes)

Ser menos produtiva por ter filhos já não é uma verdade.

Uma pesquisa do Federal Reserve Bank of St. Louis, realizada com mais de 30 mil pessoas, constatou que mulheres que têm filhos são mais produtivas que aquelas que não os têm.

Informação um tanto curiosa… Ao ter um bebê, as mães passam a dormir mal e se preocupar com filhos doentes. Ocorrem muitas interrupções, imprevistos constantes, dentre outras coisas que minam parte da sua produtividade, pelo menos por um tempo.

Por outro lado, o nível de compromisso, de motivação e responsabilidade de uma mãe passa a sobrepor a isso. Uma mãe tem uma força dentro de si que nem ela mesma tem noção.  Cada fase da geração de uma nova vida que dependa dela aumenta a maturidade e, portanto, condições de fazer as coisas mais rápidas e de forma mais assertiva.

Na vida, tudo é questão de desenvolver novos hábitos. O  ser humano é totalmente flexível. Por isso, a mãe aprende a fazer as coisas com mais velocidade para explorar bem os intervalos de sono ou pausa que o bebê lhe oferece e acaba aprendendo a definir bem novas prioridades.

O desenvolvimento de competências acontece pela prática e com a nova rotina adotada a partir de um filho, a habilidade de fazer de maneira mais rápida e focar no importante é imprescindível.

Ser produtiva não significa dar conta de tudo sozinha, mas sim conquistar resultados.

Já que mães têm tudo para serem mais produtivas, uma maneira de ampliar essa produtividade é por meio da descentralização.

A mãe não deve se achar na obrigação de fazer tudo sozinha, mas deve delegar os afazeres para o esposo, filhos mais velhos, familiares e funcionários, de modo que consiga investir seu tempo no que realmente faça sentido para ela naquele momento.

O mais interessante é que, quando a mãe entende a melhor forma de distribuir as tarefas dentre os membros da família todo o ambiente se transforma. Ensina-se, assim, o respeito à ordem e à hierarquia. Os filhos desenvolvem, gradualmente, um senso de responsabilidade por tornarem-se parte fundamental na harmonia da casa. E eles aprendem, com o exemplo da convivência dos pais, a se comportarem diante de seus parceiros.

Vale aqui a ressalva de que delegar não é o mesmo que impor. Trata-se, na verdade, de uma educação e criação de um ambiente colaborativo. Não basta apenas pedir que o outro faça algo. É preciso ensinar como a tarefa deve ser feita, acompanhar o progresso da realização e explicar o motivo daquela ação. Por fim, um elogio é sempre bem-vindo.

Este tipo de comportamento pedagógico não é válido somente para o ambiente familiar. Ele deve ser aplicado, também, ao ambiente corporativo. É assim que os melhores líderes delegam as tarefas.

 

Quer saber mais sobre como se tornar mais produtiva no seu dia a dia? Este ebook contém dicas especiais para você. Espero que goste!

*Tathiane Deândhela é Mestre em liderança pela Universidade de Atlanta, Especialista em Gestão do Tempo, Master Coach Trainer, Consultora de carreira e Executiva Multidisciplinar. Autora do livro “Faça o tempo trabalhar para você”.  Possui curso de Negociação pela Universidade de Harvard. CEO do Instituto Deândhela. Também é diretora de educação da AJE Goiás (Associação de Jovens Empresários).
Ela ainda não é mãe, mas aprendeu boa parte destes conhecimentos com a mãe dela.